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Psicossomática e as tendências atuais de saúde

 

 

 

 

 

 

 

Sabe-se que o corpo possui uma capacidade natural de curar enfermidades físicas e doenças psicossomáticas. No entanto, a quantidade de poluição, agrotóxicos e toxinas a que estamos expostos diariamente retarda ou impede essa regeneração. Muitos processos auto-curativos também requerem um desbloqueio em um nível subjetivo. Mas nem sempre se tem acesso a isso naturalmente. Uma cura ocorre integralmente quando todos os níveis do Ser alcançam um novo patamar de forma sistêmica. Quanto mais complexa a doença, maior o salto a ser realizado para curá-la, e a oportunidade de realizá-lo. 

 

O fato de o indivíduo não se colocar na condição que o curaria já no início dos primeiros sintomas pode também ser o que também gerou o problema. Nem todos possuem a consciência necessária para priorizar e gerenciar o próprio bem-estar. Há pessoas que, mesmo diante da doença ou desequilíbrio, não reavaliam sua conduta e/ou sentimentos. Às vezes se trata de uma recusa consciente (como as pessoas que afirmam não terem tempo pra cuidar de si mesmas) e às vezes uma falta de entendimento sobre a própria condição – em geral com a crença de que nos conhecemos o suficiente. Mas a doença psicossomática demonstra que ainda não temos autoconhecimento suficiente.

 

Nas doenças (psicossomáticas e até autoimunes) onde o indivíduo ainda não tem a compreensão do problema, que pode estar numa causa emocional/sistêmica desconhecida por ele (desconhecimento de si mesmo), ou no resgate de um sistema familiar mais amplo, como no caso das doenças hereditárias – diabetes, alcoolismo, hipertensão, além das doenças mentais, etc, em geral é necessário uma busca ou análise mais profunda daquilo que originou a questão, pois então não se trata de algo óbvio ou diretamente perceptível (vide os sistemas familiares).

 

As pessoas fisicamente sensíveis não podem aguardar sintomas mais severos para iniciar um processo de cura. As pessoas menos sensíveis poderão demorar mais para responder à necessidade de iniciar o mesmo processo. A “força” ou “resistência” frente a uma doença pode ser, de forma irônica, justamente aquilo que a causou, ou aquilo que a mantém. Neste sentido trata-se de uma desvantagem, pois o indivíduo consegue ampliar muito a desconexão consigo mesmo, antes de buscar a cura. A sensibilidade verdadeira, por sua vez, pode impedir um maior afastamento de si mesmo, além de ser um objetivo da cura.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Algumas questões culturais contribuem para que isso seja assim. A exigência de que o homem seja mais resistente pode levá-lo a negligenciar sistematicamente seus sintomas e sentimentos. A exigência subentendida de que a mulher deve se sacrificar pela família, da mesma forma. A auto exigência individual ou coletiva de esforços ou resultados sobre-humanos pode nos desconectar de quem realmente somos e algumas tendências da personalidade também. O segredo está no autoconhecimento e em sentir quais esforços estão a nosso favor, e quais deles serão contraproducentes, a longo prazo. Trata-se de uma sensação que é facilmente perdida ou negligenciada. Quando não apenas genética, mas adquirida, a doença é uma excelente fonte de informação sobre a conexão com nossa própria alma. Ela finalmente nos faz sentir, cedo ou tarde, aquilo que deveríamos ter sentido (ou respeitado) antes. Isso não significa que somos culpados ao ter uma doença e sim que nossa consciência está sendo chamada para mais perto de quem realmente somos. Independente do quão perto já estejamos ou julguemos estar. Ao invés de um mero obstáculo a nossos desejos transitórios, deveríamos considerar a doença como um grande momento de nossas vidas.

 

A verdadeira cura está muito além do que a medicina convencional pode oferecer hoje. Ao tratar apenas os sintomas, a medicina contribui com a parte operacional, que é a de tentar consertar as consequências da desconexão. Em muitos casos as descobertas da medicina serão pouco úteis se não forem acompanhadas do autoconhecimento. Algumas doenças podem retornar como consequência de algo que não se vê a olho nu e os médicos podem oferecer não muito mais do que “band-aids” para feridas muito mais profundas. Isso acontece porque o médico comum pode ter ele mesmo uma desconexão interna que ignora. Se o profissional nunca passou por uma crise emocional profunda onde a alopatia foi ineficaz não podemos exigir que compreenda as feridas emocionais que também geram doenças. A medicina alopática termina então por oferecer soluções superficiais, infelizmente a preços que apenas confirmam a valorização das aparências.

 

Provavelmente os serviços da medicina relacionados às doenças infectocontagiosas serão atuais por muito tempo (e mesmo úteis!), como também as cirurgias e o receituário de modo geral. Todos nós um dia ou ocasionalmente recorremos a estes serviços. Temos dores de cabeça, inflamações e pequenos problemas que podem ser resolvidos de forma prática com medicamentos alopáticos em momentos pontuais. Mas os serviços que a medicina ainda presta e que caberiam a uma medicina psicossomática de qualidade, se ainda não se tornaram obsoletos, foi devido a nossa própria ignorância e comodismo. À medida, porém, que a consciência coletiva adquirir uma maior profundidade, deverá ocorrer uma valorização dos profissionais que trabalham com o autoconhecimento e reconexão do indivíduo com si mesmo. 

 

Sabemos que a medicina oriental (acupuntura, massoterapia, quiropraxia, etc.) assim como as terapias vibracionais (reiki, cromoterapia, florais, etc.) tem se popularizado de forma significativa nas últimas décadas. São alternativas mais integrais por possuírem uma visão do ser humano como ser físico, psíquico e espiritual, complementando de forma essencial a medicina alopática, ainda que alguns profissionais dessas áreas também tenham um treinamento superficial pouco voltado à conscientização contextual da doença. 

 

Poderíamos dizer que as terapias vibracionais e a medicina oriental trabalham, a rigor, a parte orgânica “sutil” do processo de cura, o que auxilia nos processos psicológicos (e espirituais) que geraram a doença. Atuar diretamente nas causas psíquicas é um ofício ainda mais profundo, cuja possibilidade os médicos mais sensíveis começam a valorizar. Ainda que tal sensibilidade perceptiva seja mais rara, é bem mais comum no contexto de cura oriental do que na medicina ocidental praticada atualmente.

 

Nem sempre é preciso compreender a doença e suas causas mais profundas para que a cura seja alcançada. Neste sentido, as terapias alternativas funcionam porque, ao colocarmos o corpo físico numa condição ótima de funcionamento, o indivíduo idealmente passa a adotar atitudes, pensamentos e sentimentos mais positivos ou de uma “categoria emocional mais positiva”. Se a estrutura do ego não se opuser (o que Jung denominaria neurose) a uma nova qualidade de funcionamento e persistir em mantê-la através do tratamento, aos poucos o indivíduo se habitua a uma nova forma de pensar, sentir e funcionar, que o elevará definitivamente a um novo patamar energético e consequentemente à cura definitiva.

 

Na cura psicossomática ou de algumas doenças sérias, esse novo nível energético deve ser necessariamente alcançado para que o paciente possa se manter num patamar global saudável de funcionamento. Algumas psicoterapias verbais podem alcançar a origem do problema racionalmente, porém falham em alcançar todas as questões inconscientes e o indivíduo retorna à condição anterior devido à falta desse suporte (mesmo que retorne com mais autoconhecimento). Da mesma forma, as terapias vibracionais que não alcançam a causa emocional mais profunda da doença também falham em integrar uma condição necessária à cura definitiva

É necessário aliar todas as dimensões da cura (os níveis físico, emocional e mental) para que a mesma ocorra e coloque o indivíduo em uma nova condição de funcionamento

 

Algumas vezes a causa mais profunda da doença é uma não-vontade de viver (que Freud denominaria pulsão de morte) que pode não depender das circunstâncias exteriores de vida. Nesse caso nenhum tratamento será eficaz, pois o desejo mais profundo da alma é o de regressão (ou progressão a um plano inconsciente), e contra isso não haverá argumentos válidos. Neste caso não podemos julgar exteriormente o que leva alguém a desistir, conscientemente ou não, de sua vida atual, nem o que de fato estará desejando.

 

Porém, quando se trata de regenerar a vida, o essencial hoje é a integração do conhecimento de forma multidisciplinar, principalmente nos casos mais graves. Apenas os profissionais com uma visão integral de todo processo de cura poderão avaliar quais níveis o indivíduo deve focar para reestabelecer sua saúde em conexão com o próprio Ser. 

 

- Juliana Corrêa © 2014

Como compreender o seu sintoma
Cura integral


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